Nosso conhecimento do interior da
Terra é indireto e até hoje muito limitado, devido à impossibilidade de
penetrar até grandes profundidades. As principais fontes de informações para
esse conhecimento são as ondas geradas pelos terremotos (chamadas ondas sísmicas)
e registradas nos aparelhos denominados sismógrafos, os quais revelam
que essas ondas são de dois tipos: as longitudinais e as transversais. As ondas
longitudinais podem penetrar nos sólidos, líquidos e gases, mas as transversais
só se transmitem nos sólidos; o estudo do comportamento das ondas sísmicas
revelou que existem regiões no interior da Terra que são sólidas e outras que
são líquidas.
Essas regiões formam diversas camadas concêntricas, diferentes umas das outras na composição química e nas propriedades físicas (veja abaixo um esquema simplificado). A primeira camada (denominada crosta terrestre) forma a parte externa da Terra e está em contato com a atmosfera que circunda nosso planeta; nela estão situados os mares e lagos, os continentes e seu relevo. A crosta é rochosa e de espessura variável; na maior parte sua profundidade é de 40 km, mas há lugares onde atinge 70 km.
Essas regiões formam diversas camadas concêntricas, diferentes umas das outras na composição química e nas propriedades físicas (veja abaixo um esquema simplificado). A primeira camada (denominada crosta terrestre) forma a parte externa da Terra e está em contato com a atmosfera que circunda nosso planeta; nela estão situados os mares e lagos, os continentes e seu relevo. A crosta é rochosa e de espessura variável; na maior parte sua profundidade é de 40 km, mas há lugares onde atinge 70 km.
Logo abaixo da crosta começa a
região denominada manto, que se estende até cerca de 2.900 km de
profundidade e é formada também de material sólido que pode atingir até 200 km
de profundidade. O conjunto crosta terrestre + manto superior é chamado litosfera,
o que significa camada rochosa, porque ela consta de enormes blocos maciços
mas separados, que se denominam placas tectônicas, as quais flutuam
sobre um material parcialmente fundido e pastoso. As placas tectônicas podem
mover-se muito lentamente e se chocam umas com as outras, o que provoca os
terremotos, as falhas geológicas, montanhas, vulcões e fontes termais.
Os mineradores sabem, há muitos
séculos, que a temperatura aumenta à proporção que se desce no interior da
Terra. Na interface da crosta com o manto ela atinge 100 oC e continua subindo
daí em diante.
Abaixo do manto existe a camada
que se chama núcleo externo, cuja espessura se estende entre as
profundidades de 2.900 e 5.100 km; é formada por material metálico em estado
pastoso e em movimento violento, cuja temperatura pode chegar talvez a 3.500 oC
na interface com o manto.
Finalmente, há o núcleo
interno, esfera cujo raio é de uns 1.250 km e que se supõe seja sólido e
constituído de ferro e níquel; sua temperatura deve alcançar 5.000 oC ou mais e
suporta uma pressão de milhões de atmosferas.
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